segunda-feira, 21 de novembro de 2011

a gente não terminou. #feliz11meses

Sim, a gente não terminou. Pra ser bem sincero, a gente nem começou. A gente ainda tá novo, muito novo. Nós vamos começar, sei lá, daqui à uma semana, um mês, um ano, uma década? Sei lá. O que eu sei e que faz sentindo é que a gente não terminou. Pronto. Não preciso saber de nada mais.
Sabe quando você encontra uma mulher por quem você tatuaria o nome no seu braço? Sabe, aquela mulher que você encontra e fala:
-"Taí! Eu vou casar com essa mulher e ter filhos!"
Mas não da boca para fora, não. É da alma pra fora. Da alma pra fora. Sabe quando você diz isso quando está certo? Sabe aquela sensação de que tudo que você fala tem base e fundamento? Sabe aquela certeza? Sabe? Não! Então corre para a sua mulher amada, pois, meu caro, você não sabe o que é amar.
Amar é um pecado, um pecado divino. Quando ama-se tem apenas uma única certeza de que o que VOCÊ quer não está mais ao SEU alcance, mas sim ao NOSSO alcance. Quando você ama, você automaticamente vira metade de uma pessoa enquanto a sua amada vira, automaticamente, a outra metade dessa mesma pessoa.
Pronto, são as duas metades da laranja (by Fábio Jr.). Mas é assim mesmo. O amor é brega! O amor é bem brega. O amor é o Tim Maia cantando. O amor é aquele garoto sem graça diante da garota. É aquela cartinha amarrotada que o menino tira do bolso e entrega para a menina. O amor é quando você e sua acompanhante ficam no terraço do seu prédio assistindo as estrelas do céu (isso é foda! eu já fiz isso também). O amor é olhar uma foto na estação de ônibus e lembrar de quem você ama. O amor é chegar em casar e correr pro telefone para ligar pra ele. O amor é sentir raiva quando ele (ou ela) não liga. O amor é pobre. O amor é rico. O amor é magro. O amor é gordo. O amor é preto. O amor é branco. O amor é mestiço sarado da classe média. O amor é cobrar, sem mais nem menos, o quanto de carinho você quer. O amor é você traduzir a música Forever Young ao pé da letra. O amor é um milhão de coisas e é uma coisa de milhões, há milhões de anos, há milhões de pessoas amando, há milhões de lugares para se amar, há milhões de formas para amar, há milhões maneiras!
O amor tem todo o tempo do mundo. O amor. Amor, quatro letras. Pequena é a palavra, grande é o sentimento (by Rapahel Ghanem).
O amor existe antes mesmo de você nascer. Duvida? Então como é que você nasceu?

Feliz onze meses juntos. Espero que se transformem em onze anos, onze décadas, onze séculos, onze vidas.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

volta

I
Quem eu estou querendo enganar? É óbvio que eu ainda sou apaixonado por você. É óbvio que eu ainda te amo muito. Óbvio. Por favor! Por favor, me dê mais uma chance! Me dê mais uma chance para eu provar que eu posso ser de novo o homem da sua vida!
Do jeito que você está colocando parece que eu só te fiz sofrer, mas na verdade eu é que sofri mais! Não por culpa sua, mas por não saber o que eu queria. Por favor, volta. Por favor, volta! Volta, que sem você eu não tenho chão! Por favor, volta! Volta, que sem você eu não consigo mais fazer nada! Eu só penso em você! Por favor! Por favor!
Eu to chorando como eu nunca chorei na minha vida! Por favor! Por favor! Deixa eu voltar! Eu não quero ver mais você sofrer! Não! Não estou pedindo para voltarmos direito, não! Estou pedindo para voltarmos a nos falar! Por favor! Eu te amo muito!!! Muito mesmo!!! Pelo Amorrr de Deus! Volta! Volta, que eu não consigo viver sem você. Volta, que eu não sei o que fazer sem ter você ao meu lado. Volta, que sem você eu não sou homem. Volta, que sem você eu não sou macho. Volta, que sem você eu não sou alguém. Volta, que sem você eu não existo.
Volta, e eu te faço a mulher mais feliz do mundo. Ou pelo menos tentarei todos os dias. Volta que eu não quero te fazer sofrer.

II
Obrigado Thereza. Muito obrigado mesmo. Eu não estaria aqui escrevendo para ela se VOCÊ não tivesse me dado todo o apoio e força! Obrigado amiga, muito obrigado. Valeu mesmo. São nessas horas que a gente descobre quem é quem. Muito obrigado mesmo!!! Estou te devendo uma! Beijos!!! Hey, temos nosso próprio tempo...


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

eu me ferrei.

Eu me ferrei. Fiz besteira atrás de besteira. Agora eu tô aqui, sozinho, super sozinho, forever alone...
Já não basta nós crescermos e fazermos merda, nós ainda temos que nos apaixonar e "desapaixonar"? Será que não é possível viver sozinho? Será que é possível viver sem magoar as pessoas, será que não é possível ser egoísta "master"? Até Deus é egoísta! Até Deus é egoísta! Deus tem quatro letras e no meio a palavra "eu"! É claro que Deus é egoísta! Fez o mundo e guardou o melhor para Ele! Ele que está certo!
Não sei o motivo todo dessa carência que o ser humano tem em ser amado!!! Vamos viver! Vamos aproveitar! Mais cedo ou mais tarde nós vamos morrer mesmo! Todos nós! Até Deus!!! Então vamos aproveitar, aproveitar com juízo, aproveitar o que nós chamamos de -VIDA-. A vida da gente. Vamos! Como diz o André Pellegrino, nós somos poeira de estrela! Temos mais é que aproveitar a vida.
Sabe quando você quer chorar e não consegue? É a pior sensação do mundo. Eu sou super emotivo, emocional. Me emociono fácil... Mas chorar, chorar... Não. Não choro por qualquer coisa. Infelizmente, pois o que eu mais queria nessa hora era chorar.
Bem, dane-se. O errado e idiota sou eu mesmo...
Não é a minha mãe, não é o meu pai, nem meu melhor amigo, nem o meu cachorro e nem mesmo Deus. A culpa é minha. E eu sou um idiota. Esse é o primeiro passo para quem quer melhorar. Meu pai sempre diz:

-"O pior doente é aquele que não quer ser curado."

Bem, -AGORA-, depois de tudo o que eu perdi e ganhei, eu quero ser curado. Agora. Não antes, nem depois, nem sequer amanhã. Eu quero -AGORA-. Joga pro universo. Vai na fé!
Taí! Eu fiz tudo pra você gostar de mim! Ai meu bem, não faz assim comigo não! Você tem, você tem que me dar o seu coração...

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

acabou...

Quem me acompanha aqui pelo blog sabe que eu sou fã do Renato Russo. Bem, esse ano -infelizmente- comemoramos quinze anos da morte do Renato Russo. Esse ano também é o décimo seguido dos acidentes do dia onze de setembro. Esse ano também acabou. Acabou pelo simples motivo de quê não nos resta mais nada. Esse ano tinha que ser esse ano. Esse ano não poderia ser parecido com o de dois mil e nove, nem muito menos parecido com o de dois mil e seis. Esse ano acabou, pra mim. Começou por um lado, mas já acabou para mim. Na verdade, espero que não tenha acabado mas sim que tenha recomeçado. Espero morrer logo. Não agüento mais viver essa angústia, essa depressão imposta sobre nós. Quero viver cada dia como se fosse único, pois um dia vais ser. Quero que tudo se dane e que eu seja rico! Quero que todos sejam felizes como eu. Quero que todos sejam inteligentes, e não burros como eu. Quero muito e faço pouco, meu lema. Faço pouco mas sonho muito, nosso lema. Quero pouco mas tenho muito, lema do ser-humano. Meu lema? Seja feliz, comigo ou "sem migo", seja feliz! Pois é isso que eu desejo! E vou desejar durante todos os dias. Me perdoem se houver algum erro ortográfico, pois enquanto escrevo esse post eu não consigo parar de chorar e soluçar. Me desculpem. Me desculpe. Seja feliz. Assim como que fui ao seu lado! Quero que você se dê muito bem. E eu sei que você vai se dar. Olalá! Vamos continuar a vida...

Esquece o nosso amor, vê se esquece.
Porque tudo no mundo acontece...
E acontece que eu já não sei mais amar...
Vai chorar, vai sofrer, e você não merece...
Mas isso acontece...
Acontece que o meu coração ficou frio
E o nosso ninho de amor está vazio.
Se eu ainda pudesse fingir que te amo,
Ah, se eu pudesse...
Mas não quero, não devo fazê-lo,
Isso não acontece...

domingo, 16 de outubro de 2011

sem título

Estou sentindo tudo e estou sentindo nada. Estou em uma faca de dois gumes. Quem inventou o amor, me explica por favor!!! Alguém me diz o que aconteceu!!! E o que acontece! Tá tudo tão complexo! Parece que o amor me envelheceu, me tornou chato. Não! Não seria o amor o verdadeiro antídoto desses sintomas? Não seria o amor que faz com que você se sinta mais novo e "legal"? Então, como toda regra tem uma exceção, é claro que eu deveria ser essa exceção. Só eu que acredito num "Romeu e Julieta"? Só eu que acredito nos finais felizes? Só eu que choro quando assisto o episódio do Chaves em que acusam ele de ladrão? Será que só eu que chorei quando todo o Rock in Rio cantou "Tempo Perdido"? Será? Será que eu sou o único a ter problemas? Será que eu sou o único que acredita que os problemas tem solução?
Pra quê tudo isso? Pra quê nascemos se sabemos que vamos morrer? Pra quê insistimos em nos dar bem se na verdade nós não fazemos a mínima idéia do que está por vir no dia seguinte? Você já se perguntou como vai ser seu dia seguinte? É? Já perguntou? Já parou antes de dormir e pensou em como vai ser o seu dia seguinte? Já pensou com que roupa você vai, qual caminho você vai, a que horas você vai, como você vai?
Ok, ok. Se você já fez isso umas quatro vezes foi muito. É disso que eu estou falando. É desse mundo dentro do mundo que eu estou falando. É dessa loucura, dessa fusão do universo real com o universo de Nelson Rodrigues.
Cazuza tinha uma música maravilhosa sobre isso, a "Só As Mães São Felizes". Explica toda a minha angústia e depressão. Você não precisa me entender, você só precisa se entender. E pra isso acontecer, bem, pra isso acontecer ainda tem muito chão. Mas relaxa. Afinal, só as mães são felizes mesmo...

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

quando você dá um tempo

Quando você dá um tempo as coisas parecem mais leves. Quando você dá um tempo ao tempo ficam ainda melhores. Às vezes, quando pedimos um tempo, temos em mente que esse tempo nunca vai passar. Ou ao contrário! Às vezes esperamos que esse tempo passe mais rápido do que esperávamos. Quando você dá um tempo, sem que você perceba, as bicicletas ficam mais leves, as loiras ficam mais loiras, os dentistas ficam mais simpáticos, as morenas ficam mais morenas, os japoneses trabalham menos, os alemães bebem menos, os americanos não falam tanta besteira, os óculos escuros ficam mais escuros, os LPs aparecem, ouve-se Elis Regina, lê-se Nelson Motta, relembra-se os poemas de Vinicius de Moraes, come-se mais, malha-se menos, estuda-se mais, escuta-se mais e incrivelmente, incrivelmente incrível, ama-se mais. Ama-se o momento, a atitude, ama-se o tempo e também o desejo de que ele passe rápido (ou devagar). Ama-se tanto, tanto, que ama-se a hipótese de voltar a começar. Voltar o tempo. Voltar o tempo para o tempo em que ele nunca deveria ter saído. O tempo no seu tempo. Sem mais nem menos.
O casamento, o namoro, o "ficar", o noivado, o romance e até mesmo a paixão, não existem sem o amor. Hoje, dependemos mais do amor do que ele de nós. O amor existe há milênios. Não precisa de humanos para existir. Nós é que precisamos dele para existir. Está aí a prova do amor próprio.
Amor de verdade, amor de novela, amor de cinema, amor com três "r"s, amor do jeito que for. Se for amor, nem mesmo o tempo pode apagá-lo.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

eu nunca plantei uma árvore

Eu nunca plantei uma árvore. Nunca. Devo ter matado milhares delas, mas plantar, plantar mesmo, nunca. Eu já abracei uma árvore, eu já desenhei uma árvore, já sonhei com uma árvore, já filmei com uma árvore, mas plantar, plantar mesmo, nunca. Eu deveria me matar de vergonha por nunca plantar uma árvore. Como eu disse, matei milhares, mas plantar, plantar mesmo, nunca.
Mexer com a natureza é fácil, super fácil. É só dizer que depois, anos lá na frente, a ciência irá salvar tudo e todos. E essa é uma resposta usada por muitas pessoas. As pessoas nem pensam em lixo espacial, nem pensam o quanto sujam e o quanto estragam o meio-ambiente. Pra quê? Elas vão morrer em 2012 mesmo, né? Pra quê se preocupar com uma simples e mera árvore que um dia, sem mais nem menos, vai morrer do mesmo jeito? Pra quê pensar na possibilidade de que as árvores são também o hábitat de animais, né?
Para os americanos, as árvores só servem para os roedores 'Tico e Teco' morarem. Só. E mesmo assim o Pato Donald vai lá e corta aquela árvore para fazer uma fogueira.
Não estou dizendo e nem culpando os americanos, pois nós, brasileiros, fazemos pior. E olha que temos muito mais árvores que os americanos! Dava para habitar todos os 'Ticos e Tecos' do mundo! Todos!
Só estou dizendo que o meio-ambiente é coisa séria, e poucas, pouquíssimas pessoas sabem disso. Bem poucas mesmo. Não me incomoda só a minoria saber, não. Me incomoda é ver a minoria que quer melhorar sofrer por atitudes egoístas da maioria. É isso que me incomoda. Se a maioria quer sofrer, quer destruir o mundo, que destruam o seu mundo! Não venham destruir a nossa única casa.
E é por meio desse veículo de informação que escrevo o quanto me sinto péssimo por nunca ter plantado uma árvore sequer! E é por meio desse veículo de informação que escrevo que irei plantar uma árvore. Uma não, quantas eu conseguir, até morrer. Quem quiser me acompanhar pode se inscrever no site do novo filme da Tainá, a indiazinha mais linda do mundo. É só ir no site do filme da Tainá 3 e plantar uma árvore virtual. Já foram plantadas mais de 10.000 árvores! Os pedidos viram realidade, pois nesse acesso muita gente tem se unido para plantar mais árvores em suas regiões! Muito irado! Gente do Brasil inteiro ajudando nessa campanha! É só entrar no site www.taina3.com.br e se inscrever! Lá tem todas as informações, ensinando tudo direitinho. Vale muito a pena, muito mesmo. Plante a sua árvore no site do filme 'Tainá 3'! E depois veja o filme nos cinemas!
E lá na frente, no meio de casos e acasos, lá na frente quando te perguntarem se você já fez algo de útil na sua vida, responda:

-'Eu já plantei uma árvore. Pra salvar o mundo aonde você vive.'



quinta-feira, 4 de agosto de 2011

a vida é um filme que passa inteiro na nossa mente em poucos segundos quando estamos prestes a morrer

A vida é um filme que passa inteiro na nossa mente em poucos segundos quando estamos prestes a morrer. E isso aconteceu comigo. Não que eu vá morrer, não agora. Bem, tomara, né? Mas independente disso a minha vida inteira passou pelos os meus olhos. Vi tanta coisa certa, tanta coisa errada, e, incrivelmente, não me arrependo de nada. Se não fosse pelos meus erros e acertos eu não estaria aqui à essa hora descrevendo como foi ver minha vida inteira diante dos meus olhos. Eu me senti naquela música do Raul, "Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás". Foi como se até hoje desde que eu nasci tenha passado apenas uma semana e não dezoito anos. Foi rápido. Foi rápido e suficiente para eu ver que ainda não aproveitei nada da minha vida.
Eu ainda não virei a madrugada conversando com os meus amigos! Eu ainda não viajei de carro até à Bahia! Eu ainda não fui calouro! Eu ainda não levei ovada no dia do meu aniversário! Eu ainda não aprendi a tocar guitarra! Eu ainda não tive uma banda de rock! Eu ainda não aprendi a andar de skate! Eu ainda não experimentei 'Sexy On The Beach'! Eu ainda não visitei São Tomé da Aldeia! Eu ainda não aprendi a dirigir! Eu ainda não aprendi a dirigir! Eu ainda não aprendi a dirigir!
Eu ainda não fiz uma porrada de coisa. Infelizmente. E pode ser que eu não as faça. Mas não por motivo de interesse, não. Por motivo de condições. Nem todos tem condições de comprar um carro, nem todos tem condições de passar na faculdade, nem todos tem a oportunidade de pagar uma auto-escola, nem todos tem a possibilidade de comprar uma guitarra. Infelizmente.
Nós vivemos em um país muito desigual. Um país sem escrúpulos, um país sem razão social. Brasil, um nome sem país. Não é Caetano?
E eu não tive muito aonde investir quando eu era mais novo. Sim, tive a ajuda de algumas pessoas que até hoje são inesquecíveis. Podemos até não nos falarmos direito hoje em dia por motivos alheios, mas que essas pessoas são inesquecíveis, ah, isso elas são.
E eu precisei arrumar um grampo para pagar o Tablado (teatro localizado no Rio de Janeiro). Meu primeiro emprego foi com dezesseis anos. E eu era porteiro. O prédio onde a minha avó morava (e era síndica) precisava de um porteiro para o turno das dezesseis horas às vinte duas horas. Minha avó veio me pedir ajuda para por a oferta de emprego nos classificados. Foi nessa hora que eu vi a oportunidade batendo na porta. Era perfeito. Eram poucas horas (pouco se pagava também, bem pouco) e eu receberia bem menos por trabalhar ainda como menor de idade. Ela negou, mas eu fui até o meu pai e expliquei o que aconteceu. Meus pais acharam que seria melhor para mim, que o trabalho enobreceria e que eu criaria mais juízo. Eles falaram com a minha avó e no final das contas ela concordou.
Foram apenas três meses (ninguém me agüentava no prédio!). Eu fui mandado embora do meu primeiro emprego (com dezesseis anos) por justa causa! Por justa causa! Eu saía da portaria para tomar um ar, para refrescar a cabeça e sempre esquecia a chave dentro da portaria, ou seja, eu sempre ficava do lado de fora esperando um morador descer e abrir o portão para eu entrar. Além do mais (meu Deus!), eu deixava as entregas da rua (farmácia, padaria, pet shop, documentos) subirem e entregarem nos apartamentos sem avisar! Eu não interfonava e pedia permissão para o entregador subir! Eu simplesmente falava:

-'Entrega? Pode subir!'

E se fosse um ladrão? Meu Deus, eu estaria desempregado e morto, definitivamente morto! Ainda bem que nunca, nunca nada de ruim aconteceu! Já pensou se sobe alguém para o apartamento duzentos e dois e faz de refém a Dona Laya? Já pensou? Dona Laya, uma senhora de noventa anos! Já pensou se alguém faz a Dona Laya de refém? E de quem ia ser a culpa? Do porteiro, é claro!
Taí outra coisa que eu aprendi como porteiro: 'a culpa é sempre nossa'. Não adianta falar nada, a culpa sempre vai ser do porteiro. Pode ter caído a bolsa de valores de Wall Street, a culpa é do porteiro. O Botafogo perdeu, a culpa é do porteiro. E as pessoas, moradores em geral, sempre põe a culpa mais sem-noção no porteiro. Sempre! Se acabou a água quente, eles ligam depressa para a portaria e falam que a culpa é nossa! Porra! Se o morador não paga a conta do gás a culpa não é do porteiro! Não é! Vai trabalhar pra pagar a conta de gás!
Mas foi muito bom. Muita aprendizagem. Aprendi que só existem dois tipos de pessoas no mundo:

-'As boas e as más.

Só esses dois tipos. Não existe nerd, ator, modelo, budista, judeu, evangélico, ateu, não, não existe magro ou gordo, não existe feio ou bonito, não existe pobre ou rico, não, não existe. Só existem esses dois tipos. Os bons e os maus. Os bons que passam, te cumprimentam, te agradam, conversam com você, os que levam quentinha para você jantar. E os maus, os que passam e nem olham na sua cara, os que mandam você lavar os carros deles e nem sequer te agradecem. Os que só dirigem a palavra a você quando você é realmente necessário. Os que nunca deram um bom dia nem um boa tarde. Os que fazem questão de te derrubar nas reuniões de condomínio. Os que são os primeiros a reclamar mas são os últimos a ajudar. Só existem esses dois tipos. Infelizmente, mas é verdade.
Mas é bom vermos, nos ligarmos nesses dois tipos de pessoas. E sempre aprender com o que a vida oferece. E eu posso tirar muito, muito, muito proveito disso. Foi o que a vida me ofereceu. Enfim, não deu para pagar os outros meses de Tablado, mas mais a frente eu arrumei um outro emprego (que também não deu certo) para tentar continuar pagando. Mas isso eu conto em uma outra hora. Uma outra hora que eu ver minha vida passar diante dos meus olhos de novo.

domingo, 31 de julho de 2011

somos tão jovens...

Sabe o que é mais estranho? Descobrir que uma colega do seu trabalho visita o seu blog. Sim, isso é o mais estranho. Pois, agora, além dela conviver comigo no campo profissional ela também vai conviver comigo no meu campo pessoal. Tudo bem que a escolha é minha, mas, eu me sinto um pouco sem jeito para voltar à escrita. Agora eu vou me cobrar o máximo em cada post, pois eu sei que em alguma hora inesperada ela vai fazer uma visita e ler o que eu escrevi. Aí, se ela não gostar ela vai começar a olhar torto para mim no trabalho. Aí ferrou...
E é difícil trabalhar com algumas pessoas. As pessoas hoje em dia não tem mais paciência para nada. As próprias pessoas não se agüentam hoje em dia, as pessoas não se suportam. Tá difícil, muito difícil. É trabalho por tesão, não por amor. É diferente quando você faz uma coisa que você ama fazer.
Quando você ama fazer uma coisa, você a faz até de graça! Você se doa, inteiro para aquilo que ama. Quando você faz alguma coisa por tesão, você só a faz quando necessita, quando não há mais escapatória. Você a faz obrigado, com um peso na consciência.
É o que acontece com muitos relacionamentos hoje em dia. Então, meninos e meninas, fica a dica. Não se relacionem intensamente por aqueles que vocês não amam e nem estão dispostos a dar carinho e atenção. Não sofram e não façam ninguém sofrer. Se vocês podem evitar, não evitem (não vou ser hipócrita pois sempre digo para nós, adolescentes, fazermos besteira e aproveitarmos a vida). Só não queiram sentir a dor do próximo, não queiram fazer alguém se iludir. Aproveitem e passem isso a diante. Falem o que vocês realmente querem! Por mais que nessa idade vocês não queiram nada, falem!!!
A pior dor é aquela que não pode ser curada com o tempo. Todas as outras tem solução.
Meninas de quinze anos, meninos de dezoito, aproveitem a vida. Vocês são tão jovens, digo, SOMOS tão jovens.
E ouçam Legião Urbana. Esse é o #ficaadica de hoje. Até a próxima.

terça-feira, 12 de julho de 2011

crônicas da madrugada (ou #ficaadica )

Chamar isso de crônica é o fim. Mas o quê um adolescente tem em sua vida fútil que pode se transformar em uma bela crônica? Sua vida fútil.
Sua vida de descaso. Sua vida conturbada de sentimentos, cheia de ambições, cheia de esperanças, cheia de sonhos e vazia de realizações. Mas é bom lembrar que você é adolescente. Adolescente. É bom lembrar que você pode errar várias vezes. É bom lembrar que você é o futuro da nação. É bom lembrar que nossos pais (nem sempre) vão estar aqui para nos dar a solução dos problemas (afinal, é para isso que os pais servem). É bom lembrar que você é único, que você é especial, que você é horrível em física, que você joga bola como ninguém e que sonha em jogar no Barcelona.
É bom lembrar o como você já foi louco por alguém, o como você já chegou à odiar alguém, o como você queria porquê queria ir naquela festa mesmo com prova no dia seguinte. Que você chegou bêbado em casa e a sua mãe te trocou de roupa. Lembrar que você chegou sóbrio em casa e você e sua mãe conversaram sobre o vestibular durante toda aquela noite. Lembrar que em cima da hora você tem um trabalho de filosofia para entregar. Lembrar que "virgindade" é coisa de cabaço. Lembrar, sofrer, rir e sentir saudades. Você ainda é adolescente, pode fazer isso e o dobro. Ainda tá na hora. Aproveita. Aproveite antes que você vire pai (ou mãe) de família e tenha mais de um milhão de responsabilidades. Mesmo que você seja adolescente e tenha que trabalhar para sustentar sua família (assim como milhões de adolescentes espalhados pelo Brasil), tente aproveitar sua vida também. Do seu jeito, mas tente. O trabalho enobrece, mas, a diversão diversifica. Esse é só mais um chamado para vocês, adolescentes, não deixarem de aproveitar as suas respectivas vidas do jeito que vocês quiserem. Só aproveitem. Corram atrás, ralem, estudem, estudem muito, façam estágio, corram atrás dos seus sonhos, mas, mas aproveitem. Com moderação.
Não deixe que algo que vocês gostam de fazer atrapalhe alguém que vocês amam estar por perto. #ficaadica

terça-feira, 21 de junho de 2011

a 1ª vez que eu vi Forrest Gump

Ok, ok.
Alguns com certeza irão me chamar de homossexual, de sentimental, de boiola, de fag, de #fail, mas não tem problema nenhum. Acho que sou homem suficiente para dizer que chorei assistindo Forrest Gump. E mesmo que eu fosse tudo isso que vão me chamar, também não ia ter problema nenhum. Eu ainda ia continuar sendo homem o suficiente para dizer que chorei assistindo Forrest Gump.
Em primeiro lugar, parabéns ao Tom Hanks por sua incrível atuação no filme. Ele realmente atinge o auge com seu personagem. Cada descoberta que o personagem faz, cada participação na trama, cada nó que ele vai desfazendo que no final, só me resta chorar. E chorar muito. O filme trata de amor. Amor mesmo.
Não esse amor que o Luan Santana teima em cantar, não esse amor de pagodeiro-com-dor-de-cotovelo, não. O amor na sua mais simples forma, puro e saudável. O amor que existe em fazer o bem, em descobrir coisas novas, em ser ingênuo e transformar, consequentemente, a vida de várias pessoas.
O amor de Chico cantado por Elis, interpretado por Autran, pintado por Picasso, escrito pelo Vinicius, filmado por Zemeckis, fotografado pela Luz, desenhado pelo Ziraldo e criado, bem, criado por nós, seres-humanos-burros.
E depois não acreditam na magia do cinema. Bem, aqui estou eu para comprovar, às 01:45, o que um bom filme não faz com a gente.



quarta-feira, 1 de junho de 2011

#verdadespolêmicas

Sim, eu sou um merda. Ainda tenho muito que aprender. Muito mesmo.
Não sei como, mas tenho. Mas enquanto isso, eu posso celebrar a estupidez humana, a estupidez de todas as nações. O meu país e sua corja de assassinos, covardes, estupradores e ladrões.
Posso celebrar a estupidez do povo, nossa polícia e televisão. Celebrar nosso governo e nosso estado que não é nação. Celebrar a juventude sem escolas, as crianças mortas, celebrar nossa desunião.
Celebrar Eros, Thanatos, Persephone e Hades. Celebrar nossa tristeza, celebrar nossa vaidade. Comemorar como idiotas a cada fevereiro e feriado. Todos os mortos nas estradas, os mortos por falta de hospitais.
Celebrar nossa justiça, a ganância e a difamação. Celebrar os preconceitos, o voto dos analfabetos. Comemorar a água podre e todos os impostos, queimadas, mentiras e seqüestros. Nosso castelo de cartas marcadas, o trabalho escravo, nosso pequeno universo.
Toda a hipocrisia e toda a afetação. Todo roubo e toda indiferença. Celebrar epidemias. É a festa da torcida campeã. Celebrar a fome, não ter a quem ouvir, não se ter a quem amar. Alimentar o que é maldade, machucar o coração. Celebrar nossa bandeira, nosso passado de absurdos gloriosos. Tudo que é gratuito e feio, tudo o que é normal.
Cantar juntos o hino nacional. A lágrima é verdadeira. Celebrar nossa saudade, comemorar a nossa solidão. Festejar a inveja, a intolerância, a incompreensão. Vamos festejar a violência e esquecer a nossa gente que trabalhou honestamente a vida inteira e agora não tem mais direito a nada. Celebrar a aberração de toda a nossa falta de bom senso. Nosso descaso por educação.
Celebrar o horror de tudo isto com festa, velório e caixão. Tá tudo morto e enterrado agora, já que também podemos celebrar a estupidez de quem escreveu isso.
Venha! Meu coração está com pressa! Quando a esperança está dispersa, só a verdade me liberta! Chega de maldade e ilusão! Venha! O amor tem sempre a porta aberta, e vem chegando a primavera! Nosso futuro recomeça. Venha, que o que vem é perfeição!

terça-feira, 31 de maio de 2011

"quem irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração..."

Desculpa.
Desculpa de verdade. Desculpa se eu te magoei. Desculpa se eu não consegui superar suas expectativas. Desculpa se eu acabei sendo eu mesmo. Desculpa. Desculpa por ter sido grosso. Desculpa por ter te dado motivos, mesmo achando que eles não fossem dignos para as nossas discussões. Desculpa se eu fiz você se "desapaixonar" por mim. Desculpa. É só isso que eu posso te pedir agora. É a única coisa que eu posso pedir agora. Eu não posso te obrigar a ser alguém que você não é. Eu não posso esperar nada de você, não, eu não posso. Eu me apaixonei assim, por você sendo você mesma. Eu te amo. Assim como amo meus fazeres, como amo meus deveres de casa, como amo Coldplay. Te amo de verdade, te amo para te pedir desculpas. Te amo para tentar melhorar por você.
Mesmo tendo meu português errado, meu cérebro fechado, minha ignorância que eu não ignoro. Mesmo sendo burro, eu tenho certeza que posso melhorar. Sempre podemos. Eu posso, você pode. Todos nós podemos. Sempre.
Não sou um Don Juan, um Chico Buarque, um Fábio Jr. pra falar de amor. Mas posso falar de nós, afinal, não existe mais amor do que você para mim.
Eu sei, eu sei. Sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no bolso, sem parentes importantes, vindo de Minas Gerais. Mas sou só seu. Só seu. Mais de ninguém. Desculpa de novo.
Espero que um dia você me entenda e me compreenda, mais do que você já faz. Muito mais. Assim, aposto que seremos mais felizes do que somos. Sim, sim. Se eu melhorar vai ajudar um pouco. Muito. Vai ajudar muito.
Só você, só você.
Desculpa mais uma vez.
E quando eu digo que te amo, é de verdade.
Assim como quando eu te peço desculpas.





sexta-feira, 27 de maio de 2011

toca Raul!

É, eu preciso dizer que te amo, é, te ganhar outra vez...
Eu preciso tanto. Tanto. E o tempo passa arrastado, e eu NÃO fico do seu lado. Sim, uma pena. Uma pena gigante, mas é verdade. Nem sempre nós temos tempo para fazer aquilo que amamos, mas, conforme as novas leis do universo, nós somos obrigados à amar aquilo que temos tempo e que temos que fazer. Não vejo isso como uma coisa ruim, afinal de contas, não é. Só é chato. Eu vejo que hoje em dia, infelizmente, as pessoas andam com muita pressa. Realmente levaram ao pé da letra a palavra "fast", usada pelos americanos (americanos são "fasts" demais). Fast food, fast sex, fast funny, fast be happy, fast and facts. Sim, esses são os fatos de sermos tão "fasts". Não temos tempo para comer direito, não temos tempo para amar direito, não temos tempo para rir direito, não temos tempo para sermos felizes, não temos tempo nem para dormir. Mas, no final de tudo, no finalzinho, nós somos felizes. Ou pelo menos achamos que somos.
Sabe quando te dá uma vontade de sair escrevendo, mas, na verdade você não imagina nem como começar? Bem, isso acontece comigo todas as manhãs. Meu pai diz que para exercitar a escrita basta ler jornal. Mas com tanta notícia ruim, desiludida, de baixa esperança, notícias falsas, notas sem escrúpulos, agrh, me dá nojo e logo logo eu paro de ler. Não consigo nem mais ler as tirinhas no final do Segundo Caderno. Passo longe do horóscopo. Tenho medo de acreditar naquilo que está escrito. E com isso, por esse medo do jornal, resolvo essa pendência com a música. Música de boa qualidade. Não querendo descriminar (nem julgar) as demais bandas de calças coloridas, não. Eu as respeito, e aceito do jeito que elas são, mas, meu caro leitor, eu, particularmente, prefiro um rock, uma letra com mais conteúdo, uma melodia mais bossa, uma coisa mais "vintage" e que caiba nos meus sentimentos. Algo como "Ouro de Tolo" de Raul Seixas. E se você, caro leitor, tiver a oportunidade de ouvir essa linda música, ouça, sem mais delongas.
Queria eu, ser mestre em "falar bem". Assim como o Collor, assim como o Chico Buarque, assim como o Romário...
Queria eu, ter essa lábia, essa exência de mel em que as mulheres ficam loucas, despirocadas. Queria eu ser alguém. Queria eu ser alguém para te pedir em casamento, para cuidar de você. Mas, como não sou ninguém, prefiro ser só seu. Só seu, mais de ninguém.
Ouça me bem amor, preste atenção, o mundo é um moinho. Vai triturar teus sonhos, tão mesquinhos, vai reduzir as ilusões à pó. Desperdiçando o meu mel, devagarinho flor em flor. Dizer segredos de liqüidificador. Faz parte do meu show, do meu show...
Algumas crônicas não precisam ter sentido. Essa é uma delas. Mas aqui vai a dica da semana:
"-Ouça a música "Ouro de Tolo" do Raul Seixas e preste, preste muita atenção na letra. Próximo post terá 100% conteúdo do Raul. Vamos que vamos. E toca Raul!"





sábado, 9 de abril de 2011

diz isso em Brasília...

Outro dia desses, em um evento que eu participava, me perguntaram se eu já tinha sofrido bullying. No mesmo dia, houve a chacina do colégio Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro. Pelo que parece, um jovem entrou armado na sua ex-escola e assassinou treze crianças. No final de tudo, Wellington Menezes (nome do assassino) deixou uma carta de "despedida" e se suicidou. Comecei a comparar e pensei:
-"Será que ele, o Wellington Menezes, sofreu bullying quando criança? Será?"
Afinal, muitas das desculpas que alguns assassinos usam hoje em dia é que sofreram bullying quando eram crianças.
Pois bem. Agora todo culpado por suas atitudes poderá responder que "sofreu bullying quando era criança". Até mesmo se ele não tiver sofrido, pode dizer que sofreu que é capaz de subir no conceito do juiz. É! O Brasil é assim mesmo. Vai virar moda dizer que "sofreu bullying quando criança". Na verdade, bullying virou desculpa para fazer merda. Vai começar por mim:
-"Eu depilei o meu gato porque sofri bullying quando era criança na escola."
Ok, ok. Eu não sofri bullying quando era criança. Sim, tive os meus problemas quando criança na escola (nas escolas). Fui expulso de mais de seis escolas. Eu não era um garoto normal (nem um pouco). Mas também, por mais que algumas pessoas me excluíssem da turma, me deixassem de fora, implicassem comigo, eu nunca disse que sofri bullying. Afinal de contas, não sei quais são os critérios para o bullying.
Mas de uma coisa eu sei:
-"Eu sempre me aceitei do jeito que sou. Gordo, sem graça, feio, babacão, infantil, meio mongolóide, sempre me aceitei."
Nunca me fiz de pobre coitado. Sim, tive uma vida meio difícil, uma situação financeira nada boa (péssima, para ser sincero). Mas continuei sempre sendo assim, meio bobo e feliz por nada.
Eu tento entender as atitudes de algumas pessoas, tais como a do Wellington. Devem ter sido pessoas criadas (infelizmente) em condições muito (muito mesmo!) piores do que a minha. É claro que isso não justifica, mas que explica, explica.
Sim, tenho pena do pobre Wellington. Não consigo compreender. Algum motivo ele deveria ter. Pois até mesmo os "loucos de pedra" têm motivos para as suas atitudes. Isso que determina o porquê que são loucos. Seus motivos não têm fundamento nenhum, nenhuma base. Já nós, nós "seres-racionais", temos um fundamento (crível) nas nossas atitudes. Ah, sim! Maldade não justifica nada, pois há muita gente que em plena consciência faz as mesmas coisas que o Wellington fez ou até mesmo piores. O jeito de rever essa situação é melhorar a educação e a miséria. E claro, abaixar o preço do arroz e do feijão. Parece fácil, não? É... diz isso em Brasília...

domingo, 13 de fevereiro de 2011

as besteiras que os adolescentes fazem...

As besteiras que os adolescentes fazem. São muitas. O mais impressionante é que quando os adolescentes fazem merda, eles sempre acham que é a última. Acham que nunca mais vão fazer nenhuma outra merda. Sempre acham que a merda momentânea é a última de suas vidas. Acham que nunca mais na vida irão cometer outro erro. Engano nosso (também sou adolescente). Mal nós sabemos que iremos cometer merdas muito piores dessas que fazemos agora. Muito piores! Não há nem comparação! As merdas que fazemos aqui são pintos comparadas com as que vão vir!
Algumas pessoas dizem que você precisa estar maduro para tomar algumas decisões. Discordo. Acho que nunca ninguém estará maduro o suficiente. Acho que, na verdade, essa é a graça da vida. A cada dia que se passa aprendemos um pouco mais. Essa é a graça da vida, viver fazendo coisas (não necessariamente besteiras). Sim, sim. Sempre tem alguém que escreve no seu cartão de aniversário:
-"Viva cada momento como se fosse o último!"
Parece meloso, e é. Mas é verdade. Sim, viva cada momento como se fosse o último, pois um dia vai ser. Está aí, uma das poucas certezas que você (e eu também) tem na vida, a certeza de que um dia irá morrer. Não, não é para ficar triste, não. Ao contrário. É para você (e eu também) acordar desse sono profundo, dessa mesmice, dessa ideologia barata e viver, viver cada dia como se fosse o último. E não, você não precisa de dinheiro, nem de pessoas, nem de lugares paradisíacos para aproveitar a vida. Você precisa de amor próprio. Ame-se como se você fosse único, pois na verdade você é. Todos são únicos. Únicos. Se uns e outros são especiais, queridos, bem, aí é você quem vai decidir. Mas uma coisa todos são:
-"Únicos."
Essa é graça da vida. Fazer besteiras e depois consertar. Ou pelo menos tentar. Mas leve isso consigo (e comigo também):
-"Não há nada que não possa ser resolvido."
Soa como uma frase de efeito, e é. Mas é verdade. Tudo na vida tem um jeito. A graça da vida é você descobrir qual é esse jeito. Ou pelo menos tentar. Um conselho:
-"Tenha fé. Independente da religião tenha fé, muita fé. Pois realmente a fé move montanhas, muralhas, carros alegóricos e tudo que estiver pela frente."
Essa é outra graça da vida. Sim, a vida tem muitas graças.
Mas entre graças e desgraças a vida tem muito a ensinar. Muito mesmo. Talvez ela ensine com as besteiras, talvez com os acertos, ou até mesmo com os arrependimentos.
E pra você? Qual é o melhor? Se arrepender do que fez ou do que não fez? Complexo, não? Será mesmo que você (e eu também) não pode evitar alguns acidentes? Será que você não é capaz?
É óbvio que você é. Eu sou, você é, nós somos, todos são. São capazes de evitar as tais "besteiras" da vida.
Conselhos, dicas, sermões, bem, nada disso vai fazer você (nem eu) amadurecer. Não. Como todo bom adolescente, você só vai aprender depois de errar. Ou depois de levar um porrada da vida. Sim, pois a vida dá porradas, muitas porradas. Aí sim, você (e eu também) vai, aos poucos, amadurecendo. Mas nunca completo. Nunca ninguém é maduro o suficiente. Essa é a graça da vida.
Erre, sim, erre. Mas conserte, conserte sempre. Ou tente. Mas também não vai errar pra sempre, né? Não vai engravidar aos quinze anos, não é? Vai sim, fazer besteiras que não prejudiquem a sua vida. Faça besteiras que só acrescente. Nada que ponha em risco, ok? Apenas viva. Viva cada dia como se fosse o último. Namore, viaje, fique ao lado de quem você goste. Corra atrás dos seus sonhos. Corra atrás do seu amor verdadeiro. Vire a madrugada com seus amigos. Jogue uma "pelada" pelo menos uma vez por semana. Perdoe quem errou com você. Peça perdão para quem você errou. Ouça Legião Urbana, Queen, Cartola, enfim, viva! Tenha uma vida mais saudável. Ande mais de bicicleta. Reveja seus conceitos. Aprenda a tocar violão. Seja feliz, ou pelo menos tente.
Vá ao cinema. Leia um livro. Dê um mergulho na praia e purifique a alma. Beba matte com limão. Coma uma vez por semana no fast food. Ande mais. Namore. Namore mais. Namore mais um pouquinho. Faça uma boa ação. Torça para um time. Converse mais, troque informações. Viva. Viva cada momento como se fosse o último, pois um dia vai ser.
Mas e as besteiras? Sim, as besteiras. São tantas, não é? Mas alguma especial? Alguma que tenha marcado a sua vida? Então pode a esquecer... Você mal começou a viver...
É tudo só o início...
Essa é a graça da vida...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Invenção da Paixão

A invenção da paixão é realmente uma história engraçada.
Tudo começou em mil setecentos e vinte três, na Itália, com um tal de Roberto Passione. Roberto Passione era morador de rua, pobre, sem muitos atributos e sem nenhum futuro. E foi assim, sem futuro, que Roberto Passione decidiu se jogar ao mar, acompanhado apenas de uma garrafa de rum, para conhecer o mundo. Todos que conheciam Roberto Passione disseram que aquilo era uma loucura. Disseram que ele estava totalmente errado, que ele poderia morrer, que ele poderia ficar sem uma perna, sem um olho, etc. Mas Roberto Passione não desistiu. Nem hesitou. Pois Roberto era um Passione, era o Roberto Passione.
E no dia vinte e dois de março de mil setecentos e trinta, depois de sete anos ao mar, Roberto Passione encontrou um lugar ao sol. Encontrou um ilha. Deserta, onde a vista cansava de tanta beleza natural. Roberto achou seu lugar. Enfim, um lugar digno para um pobre, para um morador de rua. Seria só felicidade em diante. Seria. Mas não foi.
Roberto Passione estava muito sozinho, sem nenhum amigo, sem nenhuma garrafada de rum (ou até mesmo de vinho), sem nenhum jogo de cartas, sem nenhum óleo de baleia para acender uma luminária. Sem nada para o pobre rapaz. Mas Roberto Passione tinha uma coisa que ninguém tinha: o Passione. Antes de mais nada, ele era um Roberto Passione. E Passione que se preze não se deixa abalar por nada! E Roberto não era diferente!
Roberto andou por todos os lados da ilha, por todas as cavernas, por todas as bananeiras, por todo o litoral, e, não achou ninguém. Mas ele não desistiu. Tentou se jogar ao mar novamente. Queria voltar para sua terra natal. Então Passione pegou seu barco, se entregou em alto mar e disse:
-"Volto aqui quando tiver minha amada."
Dito e feito. Depois de velejar por mais sete anos na imensidão azul, Roberto Passione chegou em sua terra natal. E assim quando chegou, foi correndo atrás de Dessiré Doman. Dessiré Doman era uma freira com quem Roberto Passione já tinha tido um caso. Era por isso, na verdade, que Dessiré Doman era freira. Depois que Dessiré se separou de Roberto, ela prometeu não conhecer nunca mais nenhum homem. Nunca mais durante toda a sua vida e, por isso, virou freira. Mas Dessiré não era nem um pouco feliz com a sua vida de vigário.
Roberto Passione não parou de correr. Saiu correndo e foi encontrar Dessiré que trabalhava no bosque cuidando das ovelhas. Assim que a viu, Roberto Passione começou a ficar gago, suar, tremer e tonto. Dessiré não acreditava. E não acreditou. Continua até hoje sem acreditar. Dessiré não conseguia imaginar que o "homem da sua vida" estava de volta há poucos metros de distância! Roberto Passine não acreditava que a "mulher da sua vida" estava lá, somente só, cuidando de ovelhas!
Roberto Passione se aproximou de Dessiré Doman, e com todo o respeito, disse:
-"Eu estava em uma ilha maravilhosa. Deserta, sem ninguém para atrapalhar. Sem precisar pagar impostos, sem precisar trabalhar, sem precisar pedir esmola! Tinha tudo lá, menos duas coisas. Rum e..."
Dessiré suspirou e disse:
-"E?"
Roberto olhou fundo em seus olhos e disse:
-"Você."
E foi daí, desse diálogo, que Roberto Passione inventou a paixão. Séculos depois, todos no mundo iriam usufruir dessa invenção criada por Roberto Passione. Invenção essa que duraria mais que o rádio, mais que o telefone, mais que o computador, mais até que a primeira invenção do mundo, o próprio mundo.
Hoje em dia, Roberto Passione é lembrado por muitos somente pelo apelido de sua invenção, "Paixão". E ele descansa em sua ilha deserta, ao lado de sua amada, Dessiré Doman. Pelo o que me parece, os dois são muito felizes. Um completa o outro. Tiveram um filho e o abençoaram de "Amor". Os dois pretendem criar um rede de hotéis na ilha, mas, ainda sim, estão mais preocupados com o futuro deles. Porém, naquela ilha só se escuta uma coisa:
-"Nosso Amor é fruto de nossa Paixão."
E é verdade.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

#Cartolafeelings

Bem. Ouço agora Cartola cantando "O Mundo é Um Moinho". Linda! Linda a letra, a melodia, os acordes! Lindo, tudo lindo, perfeito. E é nessa hora que eu lembro de uma pessoa muito especial. Bem, vou ser mais sucinto: estou apaixonado por uma mulher. E nada melhor do que fazer uma crônica tentando me explicar. Veja bem, eu escrevi "tentando".
Eu a conheci sem querer. E foi querendo que estou aqui, a esperando. É difícil hoje em dia nos tempos da internet, do fast food, do sertanejo pop universitário, nos tempos de hoje, falar sobre paixão. Paixão. Será que alguns adolescentes como eu ainda sentem esse sentimento? Será? Será que não está extinto? Não sei. Me sinto tão estranho.
Sim, me sinto vivo, de novo. Tudo novo de novo. Os mesmos caminhos, as mesmas pegadas na areia, as mesmas dúvidas, tudo isso, só que agora com uma pessoa especial, única e querida. Meloso, não? Também acho. Mas é assim que um homem apaixonado se sente. Bem, eu acho.
E agora? O que eu faço? Parece que estou sem chão, sem base, sem pra onde ir, sem ter aonde me esconder! Ah! Confuso, complexo demais! Me jogo nessa incerteza? Me travo nessa certeza? Me asseguro nas poucas opções? Aposto nas grandes probabilidades? Ah! E essas incertezas giram em minha cabeça enquanto Cartola diz:
-"O mundo é um moinho, vai triturar teus sonhos tão mesquinhos. Vai reduzir as ilusões à pó."
Grande Cartola. Esse sim foi feliz. Torcedor do Fluminense, mangueirense e compositor de grandes clássicos da MPB. Nasceu pobre e morreu pobre. Mas não é o Cartola que está em jogo. Não. Sou eu e os meus sentimentos. Voltando ao assunto.
Ao assunto. Qual assunto? Voltando naquela primeira questão: será que alguns adolescentes (assim como eu) ainda se apaixonam? Será? Será que mesmo com toda essa modernidade, com essa ideologia barata, com tudo isso, será que as pessoas ainda se apaixonam?
Tenho medo de me sentir único. Por mais que o amor, a paixão e o romantismo me deixem assim, não quero ser mais um. Quero ser O amor, A paixão e O romantismo em pessoa. Quero transbordar meus sentimentos para a minha amada. Quero que ela veja tudo aquilo que eu sinto por ela. Nem que seja em uma crônica, mas que ela veja e se sinta importante. Quero que ela saiba a importância, o fundamento que ela tem em minha mente. Sim, quero que ela saiba. Nem que seja em uma crônica. Nem que seja a crônica mais simples que eu já tenha escrito na face da terra, mas que ela veja e dê importância. Pois mesmo que seja assim, a crônica mais simples do mundo, quero que ela saiba que foi ela quem aflorou isso em mim. O mais simples dos sentimentos, o amor. Substantivo simples. Amor. Pequeno na palavra, grande no sentimento. Assim dizia um amigo meu.
Bem. Toda essa baboseira só por ter ouvido "O Mundo é um Moinho" do grande Cartola. É... a paixão é algo que nos pega de jeito. Sem dó nem piedade, de jeito mesmo. Não quer nem saber. Pega e te coloca no eixo. E que "eixo", diga-se de passagem...