terça-feira, 21 de junho de 2011

a 1ª vez que eu vi Forrest Gump

Ok, ok.
Alguns com certeza irão me chamar de homossexual, de sentimental, de boiola, de fag, de #fail, mas não tem problema nenhum. Acho que sou homem suficiente para dizer que chorei assistindo Forrest Gump. E mesmo que eu fosse tudo isso que vão me chamar, também não ia ter problema nenhum. Eu ainda ia continuar sendo homem o suficiente para dizer que chorei assistindo Forrest Gump.
Em primeiro lugar, parabéns ao Tom Hanks por sua incrível atuação no filme. Ele realmente atinge o auge com seu personagem. Cada descoberta que o personagem faz, cada participação na trama, cada nó que ele vai desfazendo que no final, só me resta chorar. E chorar muito. O filme trata de amor. Amor mesmo.
Não esse amor que o Luan Santana teima em cantar, não esse amor de pagodeiro-com-dor-de-cotovelo, não. O amor na sua mais simples forma, puro e saudável. O amor que existe em fazer o bem, em descobrir coisas novas, em ser ingênuo e transformar, consequentemente, a vida de várias pessoas.
O amor de Chico cantado por Elis, interpretado por Autran, pintado por Picasso, escrito pelo Vinicius, filmado por Zemeckis, fotografado pela Luz, desenhado pelo Ziraldo e criado, bem, criado por nós, seres-humanos-burros.
E depois não acreditam na magia do cinema. Bem, aqui estou eu para comprovar, às 01:45, o que um bom filme não faz com a gente.



quarta-feira, 1 de junho de 2011

#verdadespolêmicas

Sim, eu sou um merda. Ainda tenho muito que aprender. Muito mesmo.
Não sei como, mas tenho. Mas enquanto isso, eu posso celebrar a estupidez humana, a estupidez de todas as nações. O meu país e sua corja de assassinos, covardes, estupradores e ladrões.
Posso celebrar a estupidez do povo, nossa polícia e televisão. Celebrar nosso governo e nosso estado que não é nação. Celebrar a juventude sem escolas, as crianças mortas, celebrar nossa desunião.
Celebrar Eros, Thanatos, Persephone e Hades. Celebrar nossa tristeza, celebrar nossa vaidade. Comemorar como idiotas a cada fevereiro e feriado. Todos os mortos nas estradas, os mortos por falta de hospitais.
Celebrar nossa justiça, a ganância e a difamação. Celebrar os preconceitos, o voto dos analfabetos. Comemorar a água podre e todos os impostos, queimadas, mentiras e seqüestros. Nosso castelo de cartas marcadas, o trabalho escravo, nosso pequeno universo.
Toda a hipocrisia e toda a afetação. Todo roubo e toda indiferença. Celebrar epidemias. É a festa da torcida campeã. Celebrar a fome, não ter a quem ouvir, não se ter a quem amar. Alimentar o que é maldade, machucar o coração. Celebrar nossa bandeira, nosso passado de absurdos gloriosos. Tudo que é gratuito e feio, tudo o que é normal.
Cantar juntos o hino nacional. A lágrima é verdadeira. Celebrar nossa saudade, comemorar a nossa solidão. Festejar a inveja, a intolerância, a incompreensão. Vamos festejar a violência e esquecer a nossa gente que trabalhou honestamente a vida inteira e agora não tem mais direito a nada. Celebrar a aberração de toda a nossa falta de bom senso. Nosso descaso por educação.
Celebrar o horror de tudo isto com festa, velório e caixão. Tá tudo morto e enterrado agora, já que também podemos celebrar a estupidez de quem escreveu isso.
Venha! Meu coração está com pressa! Quando a esperança está dispersa, só a verdade me liberta! Chega de maldade e ilusão! Venha! O amor tem sempre a porta aberta, e vem chegando a primavera! Nosso futuro recomeça. Venha, que o que vem é perfeição!