sexta-feira, 7 de outubro de 2011

quando você dá um tempo

Quando você dá um tempo as coisas parecem mais leves. Quando você dá um tempo ao tempo ficam ainda melhores. Às vezes, quando pedimos um tempo, temos em mente que esse tempo nunca vai passar. Ou ao contrário! Às vezes esperamos que esse tempo passe mais rápido do que esperávamos. Quando você dá um tempo, sem que você perceba, as bicicletas ficam mais leves, as loiras ficam mais loiras, os dentistas ficam mais simpáticos, as morenas ficam mais morenas, os japoneses trabalham menos, os alemães bebem menos, os americanos não falam tanta besteira, os óculos escuros ficam mais escuros, os LPs aparecem, ouve-se Elis Regina, lê-se Nelson Motta, relembra-se os poemas de Vinicius de Moraes, come-se mais, malha-se menos, estuda-se mais, escuta-se mais e incrivelmente, incrivelmente incrível, ama-se mais. Ama-se o momento, a atitude, ama-se o tempo e também o desejo de que ele passe rápido (ou devagar). Ama-se tanto, tanto, que ama-se a hipótese de voltar a começar. Voltar o tempo. Voltar o tempo para o tempo em que ele nunca deveria ter saído. O tempo no seu tempo. Sem mais nem menos.
O casamento, o namoro, o "ficar", o noivado, o romance e até mesmo a paixão, não existem sem o amor. Hoje, dependemos mais do amor do que ele de nós. O amor existe há milênios. Não precisa de humanos para existir. Nós é que precisamos dele para existir. Está aí a prova do amor próprio.
Amor de verdade, amor de novela, amor de cinema, amor com três "r"s, amor do jeito que for. Se for amor, nem mesmo o tempo pode apagá-lo.

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